Vinda de férias, tive alguns problemas no computador, por isso se foram estendendo os tempos sem postar mas há várias questões in_úteis em que ponderei durante as férias e gostaria de partilhar, tirem delas, o mais in ou o mais útil consoante vos apeteça.
Uma das questões com que mais me deparei estas férias, é a vontade gritante que as pessoas têm de se abrir para a sua espiritualidade. Entendo por viver a espiritualidade, a vida que se proponha a adquirir uma consciência mais plena. A minha grande mestre Nalanie Chellaram, recorda-me bastantes vezes… "As the mind, so the man", provérbio este que se for interiorizado e consciencializado pode levar a uma mudança interior profunda a que chamo, viver a espiritualidade, abrir-se a uma parte de si que não seja perturbada e confusa, entender o universo como uma coisa de regras simples, constantemente exemplificadas na Natureza.
Visitei a Fnac e vi que este é o tema do ano, sem qualquer dúvida. Há livros de todos os tipos, para os que já sabem que têm que mudar, para os que ainda sofrem muito porque são vitimas do universo e de um Deus que se esqueceu deles, para os que sofrem mas já perceberam que são vitimas de si mesmos, para os que acreditam que fazem parte de um cosmos divino e para os que ainda precisam da ciência a dizer que se calhar há mesmo a possibilidade de existir uma lei de atracção em que o positivo atrai o positivo e que haja coisas que ainda não pode explicar completamente.
É interessante pensar que a abertura de consciência está a fazer uma tentativa de expandir-se, espalhar-se pelas pessoas. É bom pensar que as pessoas estejam a admitir uma verdade além das suas perspectivas. Nem sempre conseguimos Ver a verdade, com os olhos físicos e não significa essa impossibilidade humana, que a verdade não exista ou não se manifeste de outras formas. Como pessoa interessada nas pessoas, e seus problemas sempre me dediquei a estes temas de crescimento pessoal, lia filosofias, psicologias e essencialmente Observava as pessoas. Observo muito... e uma das coisas com que me deparei foi que as pessoas mais infelizes, ou com mais problemas contém, quase sempre, uma grande dose de soluções para problemas alheios, ou uma grande dose de possibilidades exteriores directamente responsáveis pelos seus problemas.. ‘se ao menos tivesse aquele carro’ ‘se ganhasse o euromilhoes’ ‘se ele gostasse de mim’ … tudo se deve a um factor exterior a si, deixando a pessoa, em si, completamente livre para continuar a fazer aquilo que bem lhe apetecer porque nunca será responsável num sistema de fugas como este. Todos, alguma vez (ou muitas como é o meu caso) já entramos neste sistema que nos iliba sempre de ser os responsáveis. Ser humano sem essa parte é quase não o ser, é quase como um lisboeta que não conheça os pastéis de Belém, ou um alentejano que não tenha provado migas, ou um português que não tenha ouvido anedotas sobre os funcionários públicos.
De todos os livros, quase sempre, são os que dizem as coisas mais simples que me fazem pensar mais, um deles sugere:
Que tal, aceitar.... Aceitar que Cada coisa é o que é… cada homem, cada situação. As coisas são o que são, eu sou aquilo que sou, não sou aquilo que fui nem aquilo que seria, sou o que sou. As coisas não têm que ser aquilo que gostaríamos, ou aquilo que nos desse mais jeito, são o que são. Podemos gostar, mas não foi isso que implicou que aquilo fosse o que fosse. Podemos não gostar, mas isso não altera o estado de ser da coisa, ou da pessoa, ou da situação que estamos a viver.... 1º passo, aceitar. Aceitar aquilo que temos.
(Queria terminar por aqui, mas parece quase inevitável sugerir, que alguns não entrem em pânico por não ter o que sempre desejaram, e que não é por terem comprado o The Secret que vão ter... há que pensar, fazer, sentir algo diferente, para ter coisas diferentes das que sempre tivemos. Este pode ser um 1º passo, considerando, nestes casos, não entrar em pânico o 2º :))
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